domingo, 29 de agosto de 2010

I MÓDULO INTRODUTÓRIO – UNIDADE I: EDUCAÇÃO A DISTANCIA

Vamos dar início a nossa leitura? No Brasil, a educação a distância tem se difundindo de forma bastante acelerada nos últimos anos. Certamente, você já deve ter questionado sobre essa modalidade de ensino. Nesta unidade, terá acesso a algumas informações a esse respeito.
"Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação" (Diário Oficial da União, Decreto 2.494, de 10 de fevereiro de 1998).
Podemos deduzir com isso que, com a evolução das tecnologias, em especial da informática, a educação a distância foi favorecida, uma vez que pode romper as distâncias, estando ao alcance das pessoas nas mais variadas regiões. No entanto, vale ressaltarmos que nessa modalidade de estudo é preciso ter certos cuidados, como estar sempre atento às leituras, às interações com os colegas e tutor, questionando e sanando as dúvidas permanentemente; enfim, desenvolvendo ou aprimorando o hábito de estudar. Pois uma característica fundamental do estudante na educação a distância, é a de ser uma pessoa autônoma, isto é, seu aprendizado se baseia no próprio esforço, busca e automotivação.

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Na implantação de cursos, programas, disciplinas, treinamentos, atividade complementares etc, na modalidade de educação a distância, questões que vão desde as referentes aos estudantes (perfil, demanda, possibilidade de acesso, entre outros) e profissionais envolvidos no processo, até as mais complexas, relacionadas às institucionais e pedagógicas precisam ser analisadas e definidas com muito cuidado.
Segundo pesquisas já realizadas, fica evidente que algumas dessas questões precisam ser analisadas antes mesmo da estruturação do projeto pedagógico. Entre elas, destacamos, aqui, algumas consideradas imprescindíveis para o êxito nos estudos e que, de certa maneira, estão relacionadas à forma de comunicação definida para o curso, como:


- Material didático;
- Como se organizar para estudar;
- Encontros presenciais;
- Sistema de acompanhamento;
- Ambiente de aprendizagem.









MATERIAL DIDÁTICO

O Ministério da Educação, ao propor os Referenciais para Elaboração de Material Didático para Educação a Distância no Ensino Profissional e Tecnológico, afirma que, independente da mídia utilizada, esse material "deve estar em consonância com a fundamentação filosófica e pedagógica dos cursos na modalidade a distância e definido no projeto político-pedagógico do curso". Podemos observar assim que, de uma maneira geral, a definição pelo tipo de mídia a ser utilizada fica condicionada às diferentes concepções e práticas pedagógicas do curso, aos conteúdos, às estratégias de ensino, aos contextos socioeconômicos e culturais e à infra-estrutura tecnológica disponível.
Por outro lado, mesmo observando essa realidade, deve-se haver um esforço, no sentido de diversificação dos tipos de mídia, para garantir que os estudantes, mesmo nas diferentes realidades, possam experimentar diferentes formas de aprendizagem, e que esta possa ocorrer de forma prazerosa e produtiva. Outro aspecto considerado relevante quando se trata de material didático para cursos a distância, é que esse material, além de disponibilizado em diversas mídias e linguagem, deve constar no ambiente do curso (na internet) para que o aluno possa consultar na tela do computador ou imprimi-lo, se assim desejar.


O ESTUDANTE NA EaD

As reflexões anteriores nos remetem ao estudante como sujeito autônomo, ativo, que participa e constrói seu conhecimento e, assim, o material didático, como o mencionado, torna-se (entre outras questões) fundamental na viabilização da aprendizagem a distância, uma vez que poderá estimulá-lo a ser ativo no processo de construção do próprio conhecimento. Aqui, vale ressaltar ainda, que no mundo contemporâneo em que vivemos, o conhecimento evolui de forma bastante acelerada, exigindo assim, uma educação voltada para a autonomia do aprendiz. E você, como está se organizando para essa realidade?





COMO SE ORGANIZAR PARA ESTUDAR

Bom, o primeiro passo é que a todo o momento, você esteja relacionando os conceitos teóricos apresentados a situações do cotidiano ou as que o rodeiam. Segundo, que você tenha sempre em mente que não está em uma sala de aula presencial, e que, portanto, pode fazer opção por estudar em casa, no laboratório da escola, na casa de um colega... Isso parece muito legal, não é mesmo? Pode ser sim, mas desde que você compreenda que essa realidade é bem diferente e, portanto, precisa desenvolver ou aprimorar algumas habilidades e características e estabelecer rotinas que favoreçam sua aprendizagem, sem a presença e cobrança constante de um professor.


SITUAÇÕES QUE AJUDAM "APRENDER A ESTUDAR"

Vamos pontuar algumas habilidades e características (práticas) que você precisa desenvolver ou aprimorar para se ter sucesso nesse estudo a distância? Pesquisas realizadas apontam que, para que o estudante aprenda, é preciso:






Para se obter resultados positivos num processo de estudo, recomenda-se que, primeiramente, você faça uma leitura rápida do texto, sem se prender aos detalhes, assim terá uma ideia geral da temática. Em seguida, uma leitura observando e sublinhando as ideias consideradas relevantes para seu objetivo. E por fim, que volte aos trechos considerados complicados, recorrendo (se ainda ficar com dúvidas) a outras fontes de pesquisa: dicionários, outros autores do assunto, etc.


ESTUDO COOPERATICO/COLABORATIVO

E quais são as situações que favorecem o estudo cooperativo/colaborativo?
As situações de aprendizagem nas quais o estudante deixa apenas de receber conteúdos e passa a participar, colaborar e interagir tanto com as temáticas em estudo, quanto com os colegas e tutor (ou outra personagem desse contexto), ele terá oportunidade de conviver com a diversidade cultural e de ideias como com a possibilidade de expressar seu pensamento, e assim, exercer a sua autoria, e o trabalho de produção colaborativo/cooperativo. Nesse processo, você terá contato com diversas ferramentas de interação (listas de discussão, chat entre outras) e de navegação na internet, a exemplo, de hipertextos e outros. Para tanto, você precisa:






SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO

Como você já tem algumas informações sobre características de cursos a distância e habilidades que precisa desenvolver ou aprimorar para obter sucesso como estudante nessa modalidade, vamos conversar um pouco a respeito de uma pessoa, considerada fundamental nesse percurso: o tutor.
Provavelmente, com ou sem o tutor, você conseguirá obter resultados positivos nos seus estudos, mas seguramente, com o auxílio dele, terá oportunidades de aprender de maneira mais rápida e ainda descobrir outras coisas que possivelmente sozinho poderia não conseguir. É basicamente essa, a principal função de seu tutor: propiciar o apoio necessário para que você e seus colegas, explorem os conteúdos ao máximo, estabeleçam relações com suas vidas, favorecendo o aprendizado significativo e ainda, com a possibilidade de expandir para outras áreas.



O TUTOR NA EaD
Pelo que pode perceber, é o tutor quem vai estar "bem perto" de você até o final de seus estudos, estimulando-o sempre na superação dos desafios. Entre as atribuições práticas do tutor, destacamos algumas como:






AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

Como já mencionamos, a internet apresenta muitas ferramentas que podem ser utilizadas nas mais variadas formas. E a exemplo dela, também no ambiente e-Proinfo existem esses recursos que podem ser utilizados para comunicação/interação em tempo real e com a possibilidade de registro da mensagem para ser lida, respondida, questionada ou complementada em momentos futuros.



FERRAMENTAS DO E-PROINFO

Vamos conhecer algumas ferramentas do ambiente e-Proinfo?

FÓRUM
No fórum, geralmente é colocada uma questão, uma ponderação ou uma opinião (geralmente pelo tutor), que pode ser comentada pelos participantes, no caso estudantes. Quem quiser pode ler as opiniões e acrescentar comentários. Um fórum é composto por tópicos e cada tópico pode receber várias contribuições.

Essa ferramenta pode ser acessada selecionando o submenu "Comunicação" e em seguida a opção "Fórum", ou atráves da aba "FÓRUM" abaixo.




PORTFÓLIO
O portfólio é uma coletânea de materiais produzidos por cada um dos participantes de um curso e uma turma. Cada participante possui um portfólio onde armazena arquivos e links pessoais e relacionados ao curso e à turma. Esse portfólio é visualizado por todos os participantes do curso.
Para acessar seu portfólio, basta selecionar o menu "Meu espaço" e na categoria "Conteúdo" a opção "Portfólio", ou selecione um dos atalhos do portfólio na página inicial, ou atráves da aba "PORTFÓLIO" abaixo.
Para acessar o portfólio de outros participantes, selecione um dos atalhos do portfólio no espaço da pessoa desejada.





VÍDEO-MAIL
Essa ferramenta, mensagens em vídeo, é pessoal e permite a visualização e troca de mensagens em vídeo entre os participantes cadastrados em uma turma de um curso no ambiente.
Para acessá-la, selecione o menu "Meu espaço" e na categoria "Comunicação" a opção "Mensagens em vídeo".





E-MAIL
A ferramenta mensagens em texto é pessoal e permite a visualização e troca de mensagens em texto entre os participantes de uma turma. As mensagens enviadas poderão ser visualizadas no sistema e no e-mail pessoal do participante, mas quando uma mensagem possuir anexo, este só poderá ser visualizado no e-mail.
Para acessar essa ferramenta, selecione o menu "Meu espaço" e na categoria "Comunicação" a opção "Mensagens em texto".



AGENDA
A ferramenta agenda permite que os participantes controlem seus compromissos diários, observando desde os cronogramas para realização de estudos/atividades até eventos e notícias gerais.
Para acessá-la, selecione o menu "Meu espaço" e na categoria "Apoio" a opção "Agenda", ou selecione um dos atalhos da agenda na página, ou atráves da aba "AGENDA" abaixo.
Viu que interessante? E como será possível construir e trocar, com os colegas, coisas fantásticas! Dê "asas" a sua imaginação e tenha muito sucesso.

I MÓDULO INTRODUTÓRIO UNIDADE II - SOCIEDADE EM REDE

Inicialmente, todo conhecimento e informação eram expressos oralmente, o que implicava que esses momentos fossem presenciais. Com o advento da escrita as condições básicas para o processo de educação a distância - EaD - estavam dadas, uma vez que a escrita levaria a informação, com mais segurança, para outros locais no tempo e no espaço. Mais tarde, com a tipografia, isto é, com o livro impresso, avançou-se ainda mais no caminho da democratização do conhecimento, visto que os livros poderiam ser adquiridos em livrarias e ou em outros meios de distribuição. Queremos, com isso, mostrar a você, que vivenciamos a educação a distância há muito tempo e em vários momentos de nossas vidas.
Assistir a um filme ou a programas de televisão, ouvir música ou ler um livro, todos estes são eventos educativos a distância, porém, informais. Com eles, podemos experienciar sentimentos e emoções e, é claro, ampliar o nosso conhecimento de mundo. Para isso, basta que tenhamos interesse e curiosidade para aprender, perspicácia para aprimorar e crescer sempre, enfim, compromisso com o que nos propomos a fazer. Na educação a distância formal, como é o caso deste estudo, não é diferente. Esperamos, de você, estudante, organização, motivação e, acima de tudo, participação e interação, para que tenhamos um bom e bem sucedido aprendizado.

VIAS DE ACESSO AO CONHECIMENTO

Em certa medida, na linha do tempo, teremos o surgimento do rádio, da televisão que, por sua vez, deram um novo ritmo de acesso ao conhecimento. Mas foi com a chegada dos computadores e das tecnologias oferecidas por eles, que a educação a distância, de fato, passou a ser mais dinâmica. Todos estes canais de informação e conhecimento – carta, livro, rádio, televisão, computadores – foram dinamizando gradual e consideravelmente o ritmo de ensino/aprendizagem.

A DINÂMICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Portanto, a dinâmica da educação a distância, proporcionada pelos suportes tecnológicos, ressignificou nossas práticas educativas, visto que não estamos mais restritos tão somente à prática de ensino tradicional da sala de aula e ou ao estudo solitário, da leitura silenciosa e detida dos livros adotados pelas escolas. Diante das possibilidades oferecidas pelas tecnologias computacionais, temos, além do texto, as imagens, a voz, ou seja, os denominados componentes textuais e audiovisuais.

RE-)PENSANDO CONCEITOS

Pois bem, falamos, até agora, dos meios e suportes tecnológicos que viabilizam a educação a distância. Entretanto, de nada vale todo esse aparato tecnológico se não temos por base alguns princípios norteadores dessa modalidade de educação. Desde 1996, a educação a distância está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), como podemos observar na transcrição a seguir:



O ESTUDANTE


A educação a distância caracteriza-se, primordialmente, por colocar o aluno como parte central do seu aprendizado, ou seja, o aluno tem autonomia para construir sua própria forma de aprender, sendo autor de suas próprias práticas educativas.

O estudo é independente e, por isso, pode ser realizado a qualquer momento e em qualquer lugar que tenha um computador conectado a internet, ou o telefone, o fax, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, dentre outras tecnologias similares. Assim, ainda que alunos e professores não estejam juntos, fisicamente, podem estar interligados por todas essas tecnologias e, portanto, com possibilidade de comunicação a qualquer momento.
Aqui, neste espaço, é você o protagonista de sua boa (ou não) formação e aprendizado. De certa forma, a dispersão torna-se inaceitável, inviável, uma vez que o manuseio do computador é de sua responsabilidade, é você quem irá instruí-lo, "dizer" o que ele deve fazer, como e quando, enfim, é você quem irá coordenar as atividades, caso contrário, a tela estará ali, imóvel, parada em sua frente. Ao passo que na sala de aula, você prestando atenção ou não, o professor irá falar durante o tempo programado para aquela aula, podendo você, continuar a "viajar", voar nos pensamentos, isto é, estar distante, ainda que corporalmente você esteja presente.

AUTONOMIA NOS ESTUDOS


Considerando que a educação a distância, requer de você, a autonomia nos estudos, é importante também, que outras fontes de pesquisas sejam buscadas, a fim de expandir seus conhecimentos e ampliar seu aprendizado.
Pensando nisso, seja um bom protagonista de sua formação e permita-se experienciar, aprendendo e qualificando-se com este estudo.

LARGO ALCANCE DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A educação a distância alcança o seu auge, com os grandes avanços tecnológicos, que por sua vez expandiram exponencialmente o acesso a essa modalidade de ensino. Alguns autores consideram esta fase como a terceira geração da EaD, marcada pelos ambientes interativos dos computadores conjugados a rede de internet. Esta possibilita que informações e conhecimentos sejam armazenados virtualmente e acessados em lugares e tempos diferentes.

A TECNOLOGIA A FAVOR DO ESTUDO



Os suportes tecnológicos que surgem com o avanço das tecnologias computacionais aumentam consideravelmente nessa fase, proporcionando, às pessoas, um estudo muito mais dinâmico e diversificado. Dentre estes suportes temos: chat, fórum, e-mail, teleconferência, weblogs, dentre outros, que propiciam possibilidades variadas de se interagir com outros estudantes e ou com o seu professor/tutor.

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

Tendo em vista que a UAB não é uma universidade tradicional, mas sim um sistema que articula instituições de ensino superior, estas, por sua vez, devem ser as realizadoras dos cursos, sendo responsáveis por seus planejamentos, execuções e monitoramentos. Para tanto, criou-se a figura do Pólo EAD, em parceria com prefeituras, com o apoio financeiro destas e do Ministério da Educação e ou de empresas estatais e privadas. Estes pólos são referências para o acompanhamento presencial do curso e a realização de atividades práticas. Cada pólo cobre uma região e deve estar preparado para atender as demandas dos estudantes, com tutoria presencial, biblioteca, laboratórios e conexão à internet.
Atualmente, são inúmeras as universidades parceiras da UAB e são vários os pólos presenciais espalhados por todo o Brasil. Assim sendo, visite a página da UAB, agora mesmo, e procure saber qual o Pólo de Apoio Presencial mais próximo de você: "os pólos estão estrategicamente localizados em microregiões e municípios com pouca ou nenhuma oferta de educação superior" (UAB/CAPES – Informações UAB).

I MÓDULO INTRODUTÓRIO UNIDADE III – A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA



A EVOLUÇÃO DOS COMPUTADORES

Gostaríamos que você utilizasse esta unidade para refletir sobre a variedade de tecnologias usadas para auxiliar a vida cotidiana. E observar como a disponibilidade destes recursos cresceu nos últimos 30 anos. Provavelmente, há 30 anos você nem tinha nascido, mas pergunte aos mais velhos como esta disponibilidade tecnológica mudou o cotidiano... Eles, provavelmente, dirão que o volume de informação e automatização cresceu espantosamente. E quem será responsável por tamanho aumento? Os computadores e as redes. Mas, antes de tais máquinas - que passaram por verdadeiros "dinossauros" como o ENIAC e chegaram aos atuais microcomputadores surgiram outros equipamentos e muita gente esquentou a cabeça para encontrar soluções que visassem melhorar a forma de se processar as informações. E, na atualidade, a informação, mais do que nunca, é essencial.

HISTÓRIA DA CONTAGEM

Você já observou que quase sempre, iniciamos o dia contando... os minutos e horas para determinada atividade, distância de um local a outro, dias que faltam para realizarmos algo muito esperado, entre outras coisas? Mas será como e por que iniciou esse processo de contagem? Veja, agora, um pouco sobre essa história!
Segundo a história, a contagem nasceu da necessidade de organizar as coisas que rodeavam o homem. Era preciso ordenar os animais, a colheita, os frutos, as pessoas, enfim, tudo que se podia computar. Para tanto, era necessário um sistema numérico, que as pessoas conhecessem. Bem, na verdade, existiram vários, praticamente um para cada nação bem desenvolvida da Idade Antiga: fenícios, árabes, gregos, sumérios, babilônios, egípcios, romanos, hebreus, maias, chineses e, por fim, os hindus. O nosso sistema de numeração atual é fruto da evolução daquele criado pelos hindus, iniciado por eles e aperfeiçoado ao longo do tempo por árabes, babilônios, chineses, egípcios e assim por diante. Esse sistema se baseia nos dedos das mãos: o sistema decimal.


ÁBACO


Você sabia que foi com o sistema decimal dos hindus que o ábaco se tornou uma importante ferramenta de contagem? Pois foi isso mesmo! Produzido, inicialmente, por fenícios, e espalhado para todo o extremo Oriente, esse instrumento é usado para ajudar no cálculo mental das quatro operações. Ele possui varetas onde são encaixadas pedrinhas que possuem um valor relativo, ou seja, cada bolinha pode receber um valor diferente conforme a posição de uma vareta em relação às outras. O ábaco foi adotado por várias civilizações, mas com o crescente uso de papel e a invenção do lápis, foi caindo em desuso.

LOGARITMOS

Se dermos um salto até o início do século XVII, com o desenvolvimento das ciências astronômicas, da Navegação e do Mercantilismo, constatamos que cálculos muito extensos eram comuns. Levava-se muito tempo para efetuar multiplicações e divisões de números grandes (com mais de 6 casas numéricas) porque era necessário que esses cálculos fossem precisos. O matemático escocês, John Napier, encontrou uma solução para esse problema, que foi publicada em 1614. A ideia de simplificar as operações de multiplicação e de divisão por somas ou subtrações diminuiria, e muito, o tempo gasto. Assim, surgiram os logaritmos, que foram bastante úteis, porém as calculadoras acabaram por superá-los.

MÁQUINAS DE CALCULAR

Para dinamizar o processo de contagem, foram criadas as primeiras máquinas de calcular, as calculadoras. Uma das primeiras, apresentada por
Blaise Pascal em 1642, era composta por oito discos ligados como engrenagens. Assim, cada disco possuía dentes que se encaixavam e giravam ao ser acionado pelo menos um desses discos. Era possível fazer somas e subtrações de até oito algarismos! Em 1694, o grande matemático, Gottfried Von Leibniz apresenta a sua versão para a máquina de Pascal, ampliando-a, ao acrescentar a operação de multiplicação. Mas, foi com a máquina de
Charles Xavier Thomas de Colmar, em 1818, que a popularidade de tais máquinas cresceu. Afinal, esta era capaz de realizar as quatro operações aritméticas. Com o tempo, a versão Colmar foi aperfeiçoada, o que durou até aproximadamente a Primeira Grande Guerra (1914-1918).


PRIMEIRA MÁQUINA PROGRAMÁVEL

Podemos perceber que as máquinas de cálculo permitiram um avanço, porém quando a tarefa era repetitiva, gastava-se muito tempo para operá-las manualmente, pois era necessário efetuar sempre as mesmas operações. Então, em 1801, Joseph-Marie Jacquard, cria um tear que pode fabricar tecidos com desenhos complexos de acordo com modelos de cartões metálicos. Estes cartões eram introduzidos no tear e possibilitavam que somente certas hastes ligadas aos fios, uma espécie de agulhas bem grandes trabalhassem. Nos locais dos cartões, onde haviam furos, estas hastes trabalhavam e onde não havia, elas ficavam contidas. As hastes que não ficavam contidas acabavam por serem erguidas, levando fios ligados a elas. Com isso, faziam com que, entre os fios levantados e os abaixados fossem introduzidos novos fios, fazendo o entrelaço. Assim, cria-se o conceito de informação binária (com hastes e sem hastes) e propaga-se a ideia de instruir as máquinas para uma determinada tarefa.

Preocupado com erros nas tabelas de cálculo de sua época, o matemático Charles Babbage propõe a construção de duas máquinas importantíssimas na história da computação. Fabricou uma pequena versão da primeira máquina programável, chamada de máquina diferencial, entre 1802 e 1822. Este equipamento resolveria equações de grande aplicabilidade na ciência em geral e possibilitaria grandes avanços: as equações diferenciais. Bastava iniciar as operações que o equipamento fazia o resto. Depois de 10 anos trabalhando nessa máquina, equipando-a com até 6 caracteres, Babbage tem a ideia de uma segunda máquina, mais geral, que realizasse diversas tarefas: a analítica. Ele não chegou a terminar por completo nenhuma das duas máquinas, devido as suas grandiosidades - seriam mais de 50 000 componentes somente na Analítica - mas estas influenciaram e muito a computação atual. Uma das poucas pessoas a ajudar Babbage em seus estudos foi Ada Augusta, lady Lovelace, que entendeu o propósito da máquina analítica e produziu as suas primeiras instruções, tornando-se assim, a primeira programadora do mundo.
Em 1889, o estatístico Herman Hollerith se inspirou em Jacquard e, assim, facilitou bastante o censo dos EUA de 1890. Ele utilizou cartões com furos em locais específicos para cada pergunta respondida, por pessoa. Ao inseri-los na máquina, um pino vinha de encontro a este cartão, que só conseguia atravessar o furo. Dessa forma, o pino entrava em contato com um recipiente contendo mercúrio, que é um exemplo de metal, com o qual o pino podia conduzir eletricidade mais facilmente, acionando um contador que movia uma unidade a mais. O censo de 1880 levou cerca de sete anos e meio, já o censo de 1890, com os cartões perfurados, foram gastos incríveis dois anos e meio. Depois de tamanho sucesso, Hollerith fundou uma companhia para produzir máquinas que analisassem grandes volumes de informações, como folhas de pagamento de empresas, chamada de Companhia de Máquinas de Tabulação, rebatizada em 1924 de IBM (International Business Machine).

DIGITAL E ANALÓGICO

Desde que nascemos, recebemos informações do meio em que vivemos e as interpretamos, usando-as em nosso desenvolvimento. Bem, para explicar o que seria analógico e digital faremos uma analogia com o ser humano. Isso mesmo! A criatura humana, assim como a natureza, é analógica, podendo receber e transmitir informações de diferentes formas, e que podem também ser interpretadas e representadas de várias maneiras. Já no mundo digital o que acontece é a representação binária (0 ou 1) do analógico, do mundo real, portanto. Os equipamentos recebem as diversas informações, e as simbolizam em seqüências de 0 e 1, também chamados de linguagem de máquina.
No entanto, há como também transformar o sinal digital em analógico. É o que acontece quando a caixa de som funciona, pois um programa usa instruções na linguagem de um computador para reproduzir a voz de uma pessoa, por exemplo.

A LÓGICA NA COMPUTAÇÃO

Como já citamos, Babbage gostaria de fabricar uma máquina que realizasse várias tarefas. E como bom matemático que era, conhecia muito sobre lógica matemática. Em 1854, o também matemático George Boole publica um trabalho que relaciona lógica e equações, o que é chamado de
álgebra booleana. Posteriormente, três estudiosos deste segmento, usando os conhecimentos dos matemáticos Babbage e Boole, deram contribuições fundamentais para o que chamaremos de rascunho dos computadores modernos. Bem, todos publicaram seus trabalhos em 1937. Primeiro citaremos o de Alan Marhinson Turing, que organizou de forma incrível o que poderia ser executado por uma máquina. Esta, por sua vez, segue uma espécie de plano de execuções de tarefas chamado de algoritmo. E para representar todas as máquinas que obedecem a um algoritmo, Turing inventou uma máquina imaginária - a máquina de Turing. Assim, se a máquina de Turing não conseguisse resolver determinado problema, então não haveria algoritmo no mundo capaz de ajudar a descrevê-lo. Este modelo teórico é o usado em programação até hoje.
O segundo nome importante na caminhada para a construção dos computadores eletrônicos é Claude Shannon. Ele estudou e estabeleceu uma conexão entre a álgebra booleana e os componentes eletrônicos colocados em um circuito elétrico. Assim, foi possível produzir circuitos eletrônicos bem mais simples e baratos, usando o código binário. Shannon percebeu que a álgebra booleana era uma espécie de idioma dos circuitos. É como se eles, naturalmente, se comunicassem por meio desta matemática e, a partir do momento em que se entendesse o que eles queriam "dizer", seria possível ordená-los para a tarefa que quisesse. Ao mesmo tempo,
George Stibitz, pesquisador da Bell Telephones Company, desenvolveu o primeiro circuito usando esses princípios.

INÍCIO DA ERA DA COMPUTAÇÃO ELETRÔNICA

A PRIMEIRA GERAÇÃO


Vamos perceber que essa era teve início em 1904, quando
Jonh Ambrose Fleming cria a válvula. Ela foi importantíssima na produção das primeiras máquinas da computação eletrônica. Com a Primeira Guerra Mundial, o volume de dinheiro investido em computação cresceu muito. Mas foi com o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator), em português Calculadora Numérica Elétrica Integrada – lançado em 1946, que a história começou a mudar. O ENIAC podia realizar muitas tarefas, nas quais os dados eram inseridos via cartões perfurados (essa ideia é de Jacquard!) e os programas para manipulá-los eram inseridos via cabos. O ENIAC era um equipamento grandioso, potente e nada econômico, tanto que não podia funcionar seguidamente por muitos minutos, afinal sua potência era igual a 150kW. Possuía mais de 18 mil válvulas e ocupava uma área por volta de 93 m². Imagine um quadrado de 9,6 m de lado, esse era o tamanho aproximado do ENIAC.


Destacamos ainda, que em meados de 1940, John Von Neumann lança a ideia de que tanto os dados do problema, quanto as instruções para resolvê-lo, devem ser armazenadas no computador e representadas com um símbolo comum. Com isso, não seria necessário ficar constantemente trocando cabos, como acontecia com o ENIAC. Isso revolucionou o conceito de programação em computadores, fazendo com que os programas fossem inseridos através de cartões perfurados, assim como eram feitos com os dados. Utilizando essas ideias inovadoras, é criado, em 1952, o EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer, ou em português, Computador Automático Eletrônico de Variáveis Discretas) e, a partir dele, os dados e instruções já estavam contidos internamente no computador.

A SEGUNDA GERAÇÃO


Destacamos como início desta geração 1948, ano em que os três físicos John Bardeen, Walter Brattain e William Schockley, desenvolvem o transistor. Os transistores eram equipamentos bem menores, que dissipavam calor em menor quantidade, mais rápidos e confiáveis do que as válvulas e, possibilitaram ainda, a diminuição do tamanho dos computadores. No final da década de 1950, surgiram os Stretch da IBM, e LARC da Sperry-Rand, com esta tecnologia. Eles podiam fazer mais cálculos e ajudar em pesquisas bem complexas, diminuindo o tempo gasto. Além do mais, deixou-se de utilizar aquela linguagem cansativa, com muitos números, para já evoluir e utilizar uma linguagem com letras, como o assembly. Na década de 1950, já existiam linguagens como o FORTRAN (1954) e COBOL (1959), em que se utilizavam de sentenças com palavras,
funções matemáticas e funções lógicas, tornando a computação bem mais compreensível. Essas linguagens são chamadas de linguagens de alto nível e se assemelham ao inglês, o que facilita a programação.
Em 1951, foi construído o UNIVAC I (Universal Automatic Computer, que em português equivale a Computador Universal Automático), primeiro computador com fins comerciais, criado para ser usado no Censo dos EUA. Nele, os dados eram inseridos em fitas magnéticas, muito mais rápido de se interpretar, se comparado aos cartões perfurados. Ocupava uma área de 32,5 m² e consumia 14 kW. Os grandes inconvenientes desta geração de computadores era a frequente reposição de válvulas, que por dissipar calor intensamente, aqueciam demais seus circuitos internos, que deixavam de funcionar. Assim, podemos considerá-los como os bisavôs dos computadores atuais.



A TERCEIRA GERAÇÃO

De início, destacamos que essa geração surgiu em torno de 1964, porém lembrando que o transistor da época também não era lá essas coisas. Claro que somos gratos a ele, mas foram os CI's (Circuitos Integrados) que possibilitaram a multifuncionalidade dos computadores, ou seja, ter capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Não pense que os transistores sumiram, eles apenas tiveram o tamanho diminuído e foram adicionados ao circuito integrado. Neste circuito são colocados vários componentes eletrônicos sobre uma
superfície especial de silício. Isso barateou a produção, diminui o tamanho e garantiu maior confiabilidade às máquinas. Ainda foi possível manufaturar a produção, popularizando o computador.
O primeiro computador, da terceira geração, lançado foi o
IBM 360, em 1964 mesmo. A família System 360 foi projetada para uso comercial e científico, em diversos tamanhos e modelos. E nesse conceito de "família de computadores" podia-se trocar de máquina sem ser necessário substituir o software, conjunto de instruções lógicas do computador. Outro grande impacto que a IBM tomou foi o de vender apenas a parte física do computador, o hardware. Assim, o usuário podia optar que software adicionaria a seu computador. Isso impulsionou e muito a indústria de software, fazendo com que os computadores fossem inseridos no comércio de forma intensa, especialmente, em áreas de reservas e verificações de crédito.

A QUARTA GERAÇÃO

Podemos perceber que apenas seis anos após, mais precisamente na década de 1970, os computadores passaram por uma evolução, não mais a revolução que os chips trouxeram anteriormente. O que ocorreu, nessa época, foi uma extensão da tecnologia da terceira geração, ou seja, na primeira parte da terceira geração, desenvolveram-se chips específicos para a memória e lógica do computador. Assim, na quarta geração tudo foi colocado em um processador de uso geral, em um único chip, o microprocessador. Isso alavancou o uso de computadores em todo o mundo. Surgiram, então, o PET 2001(1976) – o primeiro microcomputador pessoal/comercial; o Apple II e III (1977-1979) – que proporcionavam à empresa grandes lucros; o Macintosh (1984) e o IBM 386 (1985). Hoje, eles são encontrados em praticamente todas as máquinas domésticas atuais. São praticamente cem vezes menores que os computadores da primeira geração e mais eficiente que o próprio ENIAC.


A QUINTA GERAÇÃO

Nessa geração, já contamos com a nanotecnologia, que envolve a pesquisa em estruturas que têm dimensão compreendida entre 1 e várias centenas de nanômetros. Portanto, ela já existe em nosso cotidiano. As vacinas, compostas por proteínas da ordem de um bilionésimo de metro, podem ser um exemplo dela. O tamanho cada vez menor dos microchips é também responsável pelo despertar deste reino de blocos de construções básicos da matéria, governado por átomos e moléculas. Apesar dos vários obstáculos que a diminuição do dispositivo enfrenta como a de ter que aumentar a velocidade de processamento de informações adicionando mais e mais componentes eletrônicos, soluções baseadas na mecânica quântica são propostas. Trata-se de um ramo da física que estuda o comportamento dos pequenos "tijolos" da matéria como os elétrons, os prótons e os nêutrons. Atualmente, pode-se construir nanotubos de carbono, espécie de "rede" de átomos de carbono que formem uma estrutura bem estável, com relevantes aplicações industriais, como na fabricação de microchips. Mas, uma das grandes promessas para o futuro é a utilização de computadores quânticos, processariam as informações a velocidades muito, mas muito superiores das que encontramos hoje.


QUE LÍNGUA O COMPUTADOR ENTENDE?

Um computador digital se utiliza de elementos que, agrupados em um tamanho pré-estabelecido, são interpretados e geram um caractere. Esses elementos recebem o nome de bit. Bit, que significa dígito binário, é um elemento que pode representar duas formas de um componente eletrônico, por exemplo. Assim, esse componente pode estar ligado ou desligado. Esses dois estados, então, são representados por dois algarismos:
1 = ligado e 0 = desligado.
Para se produzir letras, números e símbolos são necessários um conjunto de Bits. Esse conjunto, chamado de byte (termo binário) pode ser formado por 8, 16,32 ou 64 bits que dependem da máquina que se utiliza e seu sistema operacional. Assim, se um computador digital consegue processar 32 bits, é porque consegue entender uma sequência de 32 algarismos, que variam entre 0 e 1. Essa sequência é seu termo binário, ou seja, 1 byte. Inicialmente, os computadores trabalhavam com 8 bits. Depois, passaram para 16, 32 e, atualmente, já existem alguns com 64 bits. E quanto maior o número de bits que um computador é capaz de interpretar, maior é a sua velocidade de processar informações.
Pode-se considerar que um byte equivale a um caractere. Assim, um caractere pode ser formado por uma sequência de 8, 16, 32 e 64 bits. Pensando em 8 bits, podemos representar a letra A, por exemplo, pela sequência 11000001. Com isso, essa sequência forma um termo binário, um byte. Seguindo essa linha de raciocínio, convenciona-se que 1024 bytes equivalem a 1 Kbyte (KB). 1 MByte (MB), por sua vez, é constituído por 1024 Kbytes, 1GByte (GB) é formado por 1024 MBytes, e assim por diante.